16 abril, 2011

Aprenda agora a montar a sua ONG e lute pela sua causa.

Algumas Dicas de Como Montar Uma ONG

Vamos começar da forma mais fácil possível. Acho a divulgação uma das primeiras medidas a serem tomadas. Divulgue, divulgue e divulgue. Essa é a palavra de ordem, divulgue seu projeto o tempo todo. Ninguém saberá que você existe, se você não tiver um projeto em andamento e divulgado.

Procure amigos interessados no mesmo projeto que você, tenha em mente que um grupo só funciona se estiver afinado, todos com o mesmo ideal. Esqueça o stress do trabalho, de casa, da rua, pois isso costuma interferir e muito no trabalho que você quer fazer. Não é bom para ninguém trabalhar com alguém que está stressado, não é produtivo. Por isso repito, todos devem estar concentrados no mesmo ideal.

Agora é hora de escrever o estatuto, converse com seus amigos e elaborem os pontos principais.
Perguntem uns aos outros quais serão os objetivos da ONG?
Qual o publico alvo que ela deverá atingir?
Quantos serão os componentes da Diretoria?

Procure aqui no blog a lei das OSCIPs ou no site do Ministério da Justiça: www.mj.gov.br/snj/oscip/default.htm, lá você encontrará o texto da Lei 9.790/99 (a Lei das OSCIPs).

E aqui tudo que você deve saber a mais sobre ONGs:

ONGs
www.abong.org.br
Quais os procedimentos legais para se montar uma ONG?
www.rits.org.br/legislacao_teste/faq/lg_faq_coscs.cfm?extrutFAQ=0
Criando uma Associação - KIT ONG
www.especialmenteser.hpg.ig.com.br/artigos/artigo5.htm
SEBRAE - como montar uma ONG
http://www.sebrae.com.br/paginaInicial
Como fundar uma ONG
www.ipef.br/servicos/listas/floresta-l/Dec1999/doc00000.doc


Fonte:http://feeds.feedburner.com/VictorSGomezProjetosSociais-Artes

Projeto de Lei autoriza que mercadorias apreendidas devam ser doadas para entidades filantrópicas.

Em 2 de agosto de 2000 foi aprovado por unanimidade o projeto de lei de autoria do Deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que determina que todos os bens perecíveis devem ser doados a instituições filantrópicas cadastradas junto à Receita Federal. Já em dezembro de 2008, a resolução de número 63, publicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), definiu que qualquer bem apreendido pode ser doado, vendido ou ir a leilão.

Várias ONGS precisam de doações para dar continuidade a seus projetos sociais, mas não sabem que podem requerer essas doações junto a Receita Federal, para isso basta que elas sejam instituições idôneas e estejam em dia com sua documentação. Os bens solicitados devem ser aqueles que podem ser utilizados pela instituição, ou consumidos por ela e tudo deve estar previsto em estatuto e de acordo com o público alvo a quem se propõem a prestar assistência.

O site da Receita Federal diz quem pode receber doações de mercadorias apreendidas:

Entidades sem fins lucrativos
declaradas* de utilidade pública federal, estadual ou municipal.

- Organizações Da Sociedade Civil de Interesse Público -
OSCIP qualificadas* conforme a Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999.

* a Declaração de Utilidade Pública e a Qualificação como
OSCIP devem estar vigentes (vide em DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA FORMALIZAR PROCESSO DE DESTINAÇÃO).

Fonte:http://feeds.feedburner.com/VictorSGomezProjetosSociais-Artes

Conheça esse site e faça você mesmo uma instituição e seus projetos

Vá à luta e comece agora mesmo a mudar.Dê um ponta pé inicial mudando a si próprio.


Avó de menina morta em escola do RJ falece após saber notícia da neta

Desde crime em Realengo, família poupava idosa de 92 anos sobre ataque.
'Ela foi dormir com aquela tristeza e na madrugada morreu', disse parente.

Carolina Lauriano Do G1 RJ

Laryssa realengo (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Laryssa Silva Martins é uma das crianças mortas
em ataque a escola (Foto: Reprodução/TV Globo)
Horas depois de saber notícias da neta, morreu na madrugada desta sexta-feira (15) a idosa Lina Martins, aos 92 anos, avó da menina Laryssa Silva Martins, uma das 12 crianças assassinadas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Segundo Gerson da Silva Guilherme, padrinho da menina, desde o dia do crime, 7 de abril, a família tentava poupar dona Lina da tragédia. Na noite desta quinta-feira (14), a filha mais velha da idosa, após muitas perguntas, disse que Laryssa não estava bem.
“Ela foi tirada da casa dela, onde morava com a Laryssa, e levada para a casa da filha, que é pertinho. A Laryssa cresceu com ela. Ela ficou sabendo que algo muito ruim tinha acontecido, por voltada de meia-noite de ontem (14). Ela foi dormir com aquela angústia, aquela tristeza, e na madrugada morreu”, disse Gerson, de 47 anos, que é motorista de ônibus.
Segundo ele, dona Lina sofria de Alzheimer, porém tinha momentos de lucidez. Ela deixou três filhos, duas mulheres e um homem, Clóvis Martins, filho caçula e pai de Laryssa. O corpo da idosa continua em casa, aguardando um médico para poder fazer a remoção. Gerson afirmou ainda que o enterro será no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio.
“Clóvis fez 60 anos na segunda-feira (11). O presente que ele recebeu foi a morte da filha e agora da mãe”, desabafou Gerson.
O padrinho de Laryssa contou ainda que Clóvis, assim como a família, continua inconformado com a morte da filha, de 13 anos. “A família agora continua enlutada. Parece que a nossa dor não vai ter fim”, afirmou.

Confusão no Terminal da Cohama p variar

A confusão foi causada pela demora de uma linha que segue para a BR-135.

SÃO LUÍS - Muita confusão e quebra-quebra no Terminal de Integração da Cohama, no início da noite desta sexta-feira (15). Segundo as primeiras informações, a demora dos ônibus que operam a linha para a BR-135 foi a causa da revolta de passageiros, que teriam quebrado esses veículos. A confusão terminou por volta das 20h35.
Os passageiros estariam aguardando o coletivo desde às 17h. Por volta das 19h, a confusão começou. Segundo os passageiros, um adolescente, que estava batendo em um dos ônibus, foi apreendido pela polícia, e a população tentou intervir. A confusão só acabou quando o adolescente foi liberado.
De acordo com a recepcionista Cássia Cutrim, que passou pelo terminal da Cohama por volta das 19h, praticamente nenhum ônibus estava entrando no terminal. "O que eu estava, pelo menos, e vários outros, não entraram no terminal. As pessoas estão aguardando pelos ônibus na avenida, do lado de fora", contou Cássia. Ela ouviu de uma outra passageira que alguns passageiros teriam quebrado ônibus dentro do terminal e que teria saído tiro. A Polícia Militar chegou ao local logo depois do início da confusão.
Já o usuário de ônibus Jorge Araújo, que falou por telefone com o Imirante direto do terminal, disse que a situação estava bem crítica. "Ninguém entra, ninguém sai. Você pode ouvir [pelo viva voz do celular] a gritaria e os apitos dos guardas. Estão tentando controlar, mas a manifestação está grande", comentou.
De acordo com os usuários, vários carros de polícia e agentes de trânsito estavam no local tentando controlar a situação. Usuários dizem que alguns tiros foram ouvidos.
O Imirante tentou contato com o comandante-geral da PM, coronel Jefferson Teles para saber mais detalhes e as causas do quebra-quebra, mas depois do celular chamar por duas vezes, o número foi desligado.
O telefone celular da assessora de imprensa da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) também está desligado.

Acesso ao Facebook:Karla Sousa Pereira

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Interação imediatada!

CONFIRMADAS:Conferências de Meio Ambiente em todo o País/2011

Segue relação das Conferências já confirmadas para 2011
Conferências
Coordenação
Local / Data
Tema 



1
4º Conferência Nacional de Aquicultura e Pesca
Ministério da Pesca e Aquicultura / CONAPE
11 e 13/04/2011
 O Desenvolvimento da Aquicultura e da Pesca ? mais produção, mais trabalho, mais renda, mais alimento e mais inclusão no combate a pobreza. 


2
1ª Conferência Nacional de Turismo
MT / CNT
Junho de 2011 em Brasília.
?Aprimoramento do Modelo de Gestão Descentralizada, Compartilhada e Participativa do Turismo no Brasil?



3
2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude
SNJ/SG-PR
8 a 11 de setembro de 2011, em Brasília, DF
I - Juventude: Democracia, Participação e Desenvolvimento Nacional;
II - Plano Nacional de Juventude: prioridades 2011-2015; e
III - Articulação e integração das políticas públicas de juventude.



4
1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Participação Social 
 CGU (com colaboração da SG-PR e SECOM-PR)
13 a 15 de outubro
de 2011,
Brasília - DF
?A sociedade no acompanhamento da gestão pública?.



5
4º Conferência de Meio Ambiente 
MMA 
Novembro, em Brasília, DF.




6
3º Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa
SEDH / CNDI
Novembro/2011 em Brasília, DF
O Compromisso de Todos por um Envenlhcemento Digno no Brasil)



7
4º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
CONSEA
07 a 10 de novembro de 2011, Salvador, BA.
"construir compromissos para efetivar o direito humano à alimentação adequada e saudável e promover a soberania alimentar por meio da implementação da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional"



8
14ª Conferência Nacional de Saúde
MS / CNS
30 de novembro a 04 de dezembro de 2011 em Brasília, DF.
"Todos usam o SUS!
SUS na Seguridade Social - Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro". 



9
3ª Conferência Nacional dos Direitos da Mulher
SNPM / CNDM
12 a 15 de dezembro de 2011 em Brasília, DF
Aguardando a 1ª reunião da CONnacional



10
1ª Conferência Nacional das Águas - CONAGUAS
MMA / Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
Dezembro de 2011, Brasília, DF




11
8º Conferência Nacional de Assistência Social
MDS / CNAS
07 a 10 de Dezembro, Brasília, DF
"... avanços na consolidação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS com a valorização dos trabalhadores e
a qualificação da gestão, dos serviços, programas, projetos e benefícios. "



12
9º Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente 
SEDH / CONANDA
2011(etapas mucipais) / 2012 (etapas estaduais e nacional) 
Plano Decenal de Política Nacional dos Direitos Humanos da Criança e Adolescente



13
1ª Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente
Ministério do Trabalho
 2011 (início) - Etapa nacional em 2012
I-  Geração de mais e melhores empregos com proteção social; II- Erradicação do trabalho escrevo e do trabalho infantil; III- Fortalecimento do diálogo social.




















Circula abaixo assinado pelo Hospital Aldenora Belo Ma

Assunto: FW: Abaixo Assinado Em Defesa Do Aldenora Bello
Enviada: 13/04/2011 23:32

ABAIXO ASSINADO EM DEFESA DO ALDENORA BELLO!
Esse é o link Virtual, mas podemos também assinar pessoalmente!



Amigos, como todos sabem, o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde comandada pelo Secretário @RICARDO MURAD, cancelou o convenio com o Hospital do CÂNCER ALDENORA BELLO e com isso, alguns serviços foram suspensos.

Nesse sentido, iniciei um abaixo assinado que será levado a Governadora Roseana Sarney, mas enquanto isso, precisamos arrumar muitas assinaturas e estarei indo as escolas, hospitais, praças públicas e faculdades no intuito de arrecadar o máximo de assinaturas possíveis.


Conto com a assinatura de todos e criaremos mecanismos virtuais de assinaturas através de um site que estará no ar em muito breve.


Posso contar com todos vocês? Vocês me ajudam a recolher essas assinaturas?


Com Fé em Deus e nossa boa vontade, vamos conseguir reverter essa situação.

Vamos com FÉ!

Conto com a colaboração de todos e caso alguém precise de folhas para assinar, por favor, entre em contato comigo que disponibilizo folhas, faixas e cartazes...


Aguardo Retorno


Fábio Henrique Farias Carvalho -

55 (98) 8812 9193 / 8143 4593

15 abril, 2011

Seleção Profissional - Técnico-educador Agroecológico

Seleção de um novo integrante para atuar no Projeto Colhendo Sustentabilidade em Embu das Artes - SP.

Bruno C. Cavalcante
Coordenador Projeto Colhendo Sustentabilidade
Equipe Colhendo Sustentabilidade
Embu das Artes

*Processo de Seleção

– Técnico-Educador Agroecológico*

A SEAE - Sociedade Ecológica Amigos de Embu - está admitindo profissional para atuar no município de Embu das Artes como Técnico-educador Agroecológico para projeto em agricultura urbana e periurbana. A Sociedade Ecológica é uma organização não governamental, criada em 1972, e desde então é reconhecida em âmbito nacional, por suas lutas e conquistas ambientais no município de Embu e região. Nos últimos anos a ONG tem focado suas ações para projetos socioambientais, realizando parcerias com a sociedade civil, o
poder público e privado.

O projeto compreende uma série de atividades tendo como foco a capacitação de comunidades e implantação de sistemas produtivos agroecológicos familiares e comunitários gerando sustentabilidade e autonomia. O projeto visa outras ações nas áreas de educação, saúde, valorização cultural e políticas públicas.

*Competências:*

- Engajamento pessoal com as temáticas afins (agroecologia, educação popular/socioambiental, economia solidária, permacultura, segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento local);

- Experiência em redação e elaboração de relatórios;

- Capacidade de articulação em rede;

- Facilidade de expressão e comunicação com diferentes públicos: a própria equipe e de outros projetos , membros da comunidade; representantes de orgãos públicas;

- Facilidade de expressão e comunicação com diferentes públicos: o próprio grupo; membros da comunidade; orgãos/pessoas públicas;

- Administração de conflitos;

- Assertividade;

- Pró-atividade;

- Senso de urgência e capacidade de administração do tempo;

- Espírito de Equipe;

- Entusiasmo e capacidade de motivar e engajar pessoas e grupos.


*Responsabilidades:*

- Articulação, sensibilização e mobilização em comunidades;

- Planejamento participativo e organização de capacitações, dias de campo, encontros de intercâmbio;

- Mediação de encontros teórico-práticos nas comunidades;

- Participação em reuniões de conselhos gestores e em outros aparelhos públicos;

- Planejamento participativo de sistemas produtivos familiares e comunitários;

- Sistematização de ações específicas através de relatórios físico-financeiros;

- Realização de visitas técnicas para acompanhamento de sistemas produtivos, em áreas públicas, instituições privadas, e em quintais residenciais;

- Elaboração de material didático e relatórios físicos oficiais;

- Realização de treinamentos, palestras e cursos;

- Apoio geral nas atividades da equipe e elaboração de projetos.


*Qualificações desejadas:*

- Nível superior em agronomia, geografia, engenharia florestal, biologia, pedagogia, psicologia, gestão ambiental, economia, sociologia, ecologia ou áreas afins com o perfil desejado;

- Experiência teórica e prática em agricultura urbana, agroecologia, agricultura orgânica, permacultura, agricultura biodinâmica, sistemas agroflorestais, plantas medicinais, educação popular, educação ambiental;

- Conhecimentos teóricos e práticos em metodologias participativas, economia solidária, autogestão, trabalho em redes, incubação de empreendimentos, beneficiamento, processamento e comercialização de produtos;

- Carteira de Habilitação de motorista válida em território nacional;

- Domínio de ferramentas de informática;

- Disponibilidade para residir em Embu ou região próxima;

- Mínimo de UM ANO (12 meses) com experiência na área.


*Condições de trabalho:*

- RPA (Registro de Pagamento Autônomo) ou firma aberta;

- Carga horária: 40 horas semanais.


*Processo de seleção:*

Os candidatos devem enviar *currículo* e *carta de apresentação* com resumo das atuações profissionais nas áreas desejadas e *justificativa de interesse* pelo cargo.


Há necessidade de disponibilidade de atuação para contratação imediata.

Os pré-selecionados serão convocados para entrevista em Embu das Artes–SP.

Os candidatos selecionados pós-entrevistas devem ter disponibilidade para uma vivência prática para avaliação em campo.

*Currículos sem carta de interesse ou que não atendam às qualificações necessárias não serão considerados.*

Somente os candidatos selecionados serão contatados pela SEAE. Os currículos que não receberem nenhum contato da SEAE serão arquivados para um novo processo de seleção.*

Currículos e cartas devem ser enviados NO CORPO DO E-MAIL E ANEXO o mais breve possível ou até 25/04/2011 para: Bruno C. Cavalcante: b_cavalcante@hotmail.com


 


*11 4241.6941 / 7291.9098 / 9933.3883*












MILITARES QUEREM CANCELAR A NOVELA DO SBT

A novela Amor e Revolução vem rendendo. Desta vez, um portal militar resolveu fazer um abaixo-assinado contra a novela de Tiago Santiago, que aborda o período do regime militar no Brasil (1964-1985). Os donos do site – provavelmente acostumados à censura que perdurou na ditadura – querem que a trama seja proibida de ir ao ar no SBT.

O novelista Tiago Santiago, autor de Amor e Revolução, rechaçou o texto e se recusou a edulcorar a história em favor da visão obscurantista dos filhotes da ditadura. ‘Achei uma iniciativa despropositada, que interessa apenas aos criminosos, torturadores e assassinos, que violaram as Convenções de Genebra, nos chamados ‘anos de chumbo’ da ditadura militar’.

No abaixo-assinado, os signatários mentem ao dizer que ‘é óbvio que o governo federal, através da Comissão da Verdade, recém-criada, está participando do acordo em exibir a novela Amor e Revolução no SBT. Parece-nos que se trata de um acordo firmado com o empresário Silvio Santos, visando o saneamento do Banco Panamericano do próprio empresário’.

As acusações infundadas e difamatórias não param por aí. ‘As Forças Armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que tal novela seja exibida, pelos motivos óbvios abaixo declarados. Convém salientar que as Forças Armadas já se manifestaram negativamente a respeito da novela Amor e Revolução’.

Os militares completam, em tom autoritário: ‘Sendo assim, o efetivo da Forças Armadas, tanto da ativa como inativos e pensionistas, vêm respeitosamente através desse abaixo-assinado, como um instrumento democrático, solicitar do digno Ministério Público Federal, representado acima, providências em defesa da normalidade constitucional, vista o cumprimento da lei de anistia existente, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Nestes termos pede deferimento em caráter urgentíssimo’.

Para Tiago Santiago, o texto é ‘despropositado’ do começo ao fim. ‘A novela é respeitosa com as Forças Armadas, mostrando herói militar e oficiais democratas, a favor da legalidade. Em diversos trechos da novela, há menções favoráveis a militares, evidenciando que nem todos participaram do golpe e da violenta repressão à oposição’.

De acordo com o autor de Amor e Revolução, ‘o argumento de que a novela teria qualquer coisa a ver com o saneamento do Banco Panamericano também não procede. A proposta partiu de mim para o SBT, e não vice-versa. Comecei os trabalhos antes de saber que havia qualquer problema com o Banco e antes de saber também que a Dilma seria eleita Presidenta

Para Renata Dias Gomes, colaboradora de Tiago Santiago em Amor e Revolução, os tempos mudaram, mas os militares continuam com a cabeça na época do regime. ‘Felizmente a ditadura e a censura acabaram – e hoje a gente pode contar uma história sem medo. Ou deveria poder.

O CASO MARINA: O PAPEL DA INTERNET NA CONQUISTA DE VOTOS

Por Caio Túlio Costa em 15/4/2011

Reproduzido, com adaptações, da revista Interesse Nacional (Ano 4, Número 13, abril-junho de 2011), título original "O papel da internet na conquista dos votos de Marina Silva"

A internet tem potencial para mudar radicalmente o fazer político. No Brasil, isso começou a ficar mais claro em 2010 e a atuação de Marina Silva na internet representou o maior diferencial na campanha presidencial. Ferramenta imprescindível na disseminação da causa do desenvolvimento sustentável, a internet teve papel estratégico na composição dos 19.636.359 votos do número 43, de Marina Silva, digitado nas urnas eletrônicas no primeiro turno.

No entanto, quem lê jornais impressos ou eletrônicos, deve se recordar de manchetes que davam conta do "fracasso" da internet nas eleições de 2010 [ver balanço assinado por Miguel Caballero em O Globo publicado em 06/10/2010, sob o chapéu "Internet frustra expectativas" e o título: "Durante campanha, web fracassou na mobilização e na promoção de debates", conforme acessado em 06/01/2011. Ver também, de Alec Duarte, na Folha de S. Paulo, publicado em 05/10/2010 sob o título "Na reta decisiva, internet parece ter produzido ruído eleitoral" conforme acessado em 06/01/2011], principalmente nas comparações realizadas com a campanha de Barack Obama, em 2008, nos Estados Unidos, quando a internet despontou como a principal plataforma de arrecadação de pequenas doações e o meio mais eficaz de interação entre o candidato e o eleitorado.

A comparação tem sentido – quando realizada corretamente. Quando se demonstra as condições, o cenário e a maneira como cada um usou os meios digitais. Evidentemente, o sucesso de Obama não se deveu exclusivamente à internet. Nem o desempenho de Marina Silva.

No Brasil, pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelada após as eleições, mostrou que a internet ultrapassou jornal, revista e rádio nas eleições de 2010 como fonte de informação do eleitor brasileiro. Ela apareceu em terceiro lugar, com 9,9% de preferência entre as principais fontes de informação dos eleitores entrevistados.

No primeiro lugar veio a televisão, com 56,6% da preferência. Em segundo, com 18,4% das preferências, a conversa com amigos e parentes. O que a pesquisa não apurou foi quanto internet ajudou a influenciar as conversas entre amigos e parentes [ver reportagem de Nara Alves, no Último Segundo (iG) em 29/11/2010, conforme acessado em 16/11/2011].

No caso de Marina Silva, pode-se dizer, com alguma margem de segurança, que sem a internet a candidata não teria alcançado quase 20 milhões de votos nem conquistado o terceiro lugar com o maior percentual (19,3%) dos votos desde a primeira eleição geral e livre depois da ditadura, em 1989. [Entre os terceiros colocados em primeiro turno, em 2006, Heloisa Helena conseguiu 6,8% dos votos; em 2002, Anthony Garotinho conquistou 15.180.097 votos e atingiu 17,8%; em 1998, Ciro Gomes chegou a 11%; em 1994, Enéas Carneiro apenas 2,1% e em 1989 Leonel Brizola conquistou 16,5%. Conforme site do TSE e Wikipédia, acessados em 08/01/2011.]

Somente Anthony Garotinho chegou perto, em 2002, com 17,8% dos votos em primeiro turno, com quase cinco milhões de votos a menos que Marina Silva. Mas Garotinho, radialista, já havia sido prefeito de Campos dos Goytacazes, a segunda cidade do Rio de Janeiro, por duas vezes, e governador do estado do Rio de Janeiro quando se candidatou a presidente. Ou seja, era mais conhecido que Marina Silva.

Em relação à visibilidade nos meios de comunicação nacionais, Marina começa a aparecer timidamente em 1994, quando se elegeu senadora. Passou a ganhar destaque quando alçada ao ministério do Meio Ambiente, em 2003. Garotinho ganhou visibilidade nacional em 1998, quando candidato vencedor do governo do Rio de Janeiro.

Impossível aferir com exatidão quanto desses 20 milhões decorreu do trabalho da candidata na internet. Os números mostram que a sua mensagem pode ter chegado a mais de 12,5 milhões de internautas, de forma direta ou indireta, como se verá adiante. Por isso, pretende-se mostrar aqui o quão estratégico foi para o desempenho desta candidatura a operação na rede – talvez o primeiro trabalho orgânico, completo e complexo na web em um processo eleitoral no Brasil.

Se Barack Obama montou para sua campanha um sofisticado sistema de arrecadação de doações baseado no manejo do contato virtual do candidato com o eleitor, inspirado nas plataformas tradicionais de administração da relação das empresas com o consumidor (empresarialmente conhecida como CRM, Customer Relationship Management), uma campanha eleitoral, como a de Marina Silva, carecia de algo semelhante. Mesmo sabendo que a cultura de doações inexistia no Brasil, que o alcance de internet era a metade comparada aos EUA (por volta de 37,8% da população brasileira tem acesso à internet contra 77,3% de penetração nos EUA [ambos os dados estão no site Internet World Stats, atualizado em junho de 2010 e acessado em 27/10/2010]) e que os recursos seriam escassos.

A boa notícia era que, naquele ano, as regras eleitorais se abrandariam em relação à internet e permitiriam aos candidatos uma atuação mais livre, principalmente nas redes sociais. Também garantiriam a possibilidade de arrecadação on line ao menos por um curto período, a partir do início da campanha, no mês de julho.

Cada candidato teria três meses para tentar captar recursos via internet. A facilitação para que pessoas físicas pudessem doar facilmente qualquer quantia, ao alcance de um simples clique no seu computador, transformou-se em um dado que a democracia brasileira ainda vai valorizar devidamente. "Muitas pessoas contribuindo com pouco em lugar de poucas contribuindo com muito", no dizer de Marina Silva durante a campanha.

Essa possibilidade, que nasceu com as eleições de 2010, poderá desestabilizar (para quem deseja mudar o fazer político baseado em favores e retribuições) o velho e fisiológico modelo de financiamento de campanha que tradicionalmente amarra os candidatos aos grandes doadores.

O plano de ação

Com os recursos advindos do caixa comedido do Partido Verde, a equipe de comunicação elaborou o plano de ação para propiciar à futura campanha uma comunicação integrada. Ou seja, unir numa mesma equipe a coordenação do relacionamento com a mídia clássica (relações com a imprensa, consultoria para formulação de posicionamentos, análise de desempenho, aperfeiçoamento de porta-vozes, subsídios para abordagem de temas locais, supervisão direta dos trabalhos de campo, preparação para debates, sabatinas e entrevistas, agenda de relacionamento com "publishers" e colunistas de prestígio) com a coordenação da nova mídia (equipe que cuidaria da internet, do site, do blog, dos perfis da candidata nas redes sociais de maior audiência, do monitoramento da atividade na rede) e com o sistema de arrecadação on line.

Para que tudo funcionasse organicamente era óbvio, quase natural, unir o comando da comunicação da nova mídia e da mídia clássica com as unidades distintas da campanha: o pessoal da agenda, da mobilização, do programa de governo, do jurídico, de pesquisa eleitoral, do programa de televisão e do financeiro sob o comando de João Paulo Capobianco (coordenador da campanha), de Guilherme Leal, o candidato a vice, e da própria Marina Silva.

Durante a fase mais crucial da campanha (de julho até o dia da votação), os responsáveis por estas áreas se reuniram diariamente todas as manhãs, a partir das 7h30, para analisar a conjuntura, examinar como iam as campanhas, discutir a propaganda na internet, no rádio e na televisão, eleger o "sound bite" (a abordagem do assunto principal do dia e como abordá-lo) e tomar decisões.

Na internet, abriram-se 12 frentes de atuação distintas: 1) o site oficial, 2) o blog, 3) o Twitter, 4) a comunidade no Orkut, 5) a página ("fan page") no Facebook, 6) os vídeos no YouTube, 7) as fotos no Flickr, 8) o social game, 9) o trabalho de SEO ("search engine optimization"), 10) o trabalho batizado de SRM ("social relationship management" em oposição ao CRM, "customer relationship management"), 11) a arrecadação via internet e 12), o monitoramento de tudo o que se falasse sobre a candidata na internet, repositório de dados para o que viria a ser o cérebro da condução da campanha.

Um "social game", um jogo on line, intitulado Um Mundo, encabeçado pela palavra de ordem "construa um mundo melhor", também foi desenvolvido para lidar de forma lúdica com os internautas, em especial com os internautas mirins, expondo as prioridades sociais da plataforma de governo da candidata.

Havia uma questão. Marina Silva tinha pouca familiaridade com a rede. Navegava para realizar consultas tópicas e usava e-mail. Só. Foi preparado então o seu "batismo digital" na forma de uma visita à Campus Party, o maior encontro de interneteiros realizado anualmente no país, em São Paulo.

No dia 26 de janeiro Marina foi ao evento e falou com internautas, teve contato com parte da vanguarda da rede, expôs-se enquanto iniciante naquele mundo. Ela estava na condição de pré-candidata. Ali ela fez sua primeira alusão à candidatura de Obama: "Se nos Estados Unidos Obama pode vencer, acho que nós também podemos fazer isso. Sim, nós podemos".

Uma semana depois, no dia 2 de fevereiro, ela estrearia seu blog e seu perfil no Twitter – ambos pessoais porque a legislação impedia sua manifestação como candidata até ser proclamada enquanto tal por convenção partidária.

Foi esta operação conjunta – Campus Party, blog e Twitter – que começou a dar-lhe consistência na internet. (Um ano depois, foi recebida com naturalidade ao retornar à Campus Party, em 18 de janeiro de 2011. Aplaudida quando Al Gore se referiu a ela como "minha amiga", foi ouvida com atenção ao afirmar que a rede foi fundamental para a obtenção dos quase 20 milhões de votos. Também foi aplaudida ao confessar aos campuseiros que voltava ali para o "crisma" digital.) [Conforme "Campus Party 2011: Marina Silva defende internet pública gratuita" publicado no iG em 18/01/2011 e acessado em 21/01/2011.]

De volta à campanha de 2010: o pré-candidato José Serra (PSDB) vinha trabalhando havia quase um ano o seu perfil no Twitter, lançado em maio de 2009. Dilma Rousseff, do PT, que acabou eleita, estrearia o seu perfil apenas no começo de abril de 2010. Para a futura candidata do Partido Verde, o fato de ter aliado a estréia do perfil no Twitter ao blog pessoal, facilitou o trabalho duradouro e constantemente aperfeiçoado de sua persona na rede, que era, no fundo, a mesma da vida real.

Quando se olha, por exemplo, a evolução do desempenho dos três candidatos principais na web, a constância fica por conta do blog (e depois do site) de Marina Silva, conforme atesta a medição do NetView, uma ferramenta independente, ligada ao Ibope, que mede a audiência na internet tanto nos domicílios quanto nos locais de trabalho.

Como se vê no gráfico (Marina Silva aparece com audiência firme desde fevereiro de 2010, enquanto José Serra e Dilma Rousseff conseguem unificar os vários endereços nos quais podiam ser vistos apenas em julho de 2010.

O gráfico registra ainda a formidável escalada de Marina Silva no mês de setembro. Ela já vinha à frente de José Serra na internet, mas foi em setembro que ultrapassou a audiência da candidata Dilma Rousseff, então com 51% nas pesquisas eleitorais (o que teoricamente deveria lhe garantir a eleição em primeiro turno) contra 11% de intenção de voto em Marina Silva em meados de setembro [pesquisa Datafolha de 15/09/2010].


O que permitiu esse desempenho? A curiosidade em torno de Marina Silva e de sua causa? O fato de ela falar de assuntos importantes para o público jovem como sugeria a intuição política? Qual o tamanho real desse público? Ele poderia fazer a diferença na hora de votar? Como atingi-lo de forma positiva?

Grosso modo, trabalhando com dados que representam quase 93% dos usuários ativos em setembro de 2010, conforme o NetView, a rede brasileira se dividia assim: 21% da audiência era composta de crianças e jovens até 17 anos; 13% da audiência tinha de 18 a 24 anos; 27% da audiência tinha de 25 a 34 anos e podia ser considerada com formação universitária; o maior percentual, 33%, era formado pelo pessoal de 35 a 54 anos, e apenas 7% dos internautas tinham de 55 anos para cima. As mulheres formavam 45% da audiência; os homens 55%. Na rede, ao contrário do Censo do país, os homens são majoritários.

Era mandatório criar diferencial para este público. Despertar e integrar a maioria do contingente em uma preocupação comum. Integrar as pessoas sensíveis às causas em jogo: não apenas a da sustentabilidade, mas também a de um jeito novo de fazer e de entender política – contrário aos padrões fisiológicos dominantes na política brasileira. O desafio proposto sugeria que a abordagem na internet não deveria se restringir à resolução de uma equação etária, que levasse em conta apenas a idade ou geolocalização do público.

Havia um grande obstáculo. As pessoas não sabiam, ou sabiam pouco, quem era Marina Silva. Passava de 70% o grau de desconhecimento da então pré-candidata entre o eleitorado. Despacho da Agência Estado, disseminado em fevereiro, ia ao ponto nevrálgico: "Segundo a mais recente pesquisa Ibope, divulgada na semana passada, Marina Silva é a pré-candidata menos conhecida entre os eleitores: 31% deles disseram nunca ter ouvido falar da senadora. Outros 40% apenas ouviram falar". [Ver "Marina Silva intensifica aparições na TV para se apresentar ao eleitorado", publicado no R7 em 26/02/2010 conforme acessado em 08/01/2011.]

O problema: como tornar a então senadora Marina Silva mais bem conhecida pela população com míseros 83 segundos de propaganda eleitoral na TV e no radio? Este era o total tempo que ela teria diariamente para fazer campanha. Dilma Rousseff teria extensos 12 minutos, José Serra nove minutos, também uma "eternidade" na TV. O fato de a candidata recusar coligações cujo objetivo seria apenas engordar o tempo de campanha na televisão e no rádio – hábito arraigado na política tradicional, o de criar ajuntamento de partidos para ganhar mais tempo de exposição na TV, cultivado inclusive pelo Partido Verde – também compunha a diferenciação política da campanha de Marina Silva.

O desafio da equipe de internet era compensar o pouco tempo na TV com muito tempo na rede, conquistar a maioria dos eleitores via internet, mesmo que o total deles (incluindo as crianças, que não votavam, mas podiam ficar conhecendo Marina Silva e falar dela para seus pais e parentes) significasse bem menos pessoas do que o total de votantes do país.

Quase 136 milhões de brasileiros estavam registrados para votar em 2010. Até então, a rede arrebanhava de 65 milhões, a menor conta, a 81,3 milhões de internautas, a mais otimista das projeções [65 milhões de internautas era a quantidade total de internautas brasileiros aceita em 2010 pelo mercado a partir de pesquisas do Datafolha e do Ibope/NetView. Conforme a Internet World Stats, em junho de 2010, este número estaria por volta de 72 milhões. Pesquisa realizada pela F/Nazca e divulgada em novembro de 2010 apontou os 81,3 milhões. Conforme acessado em 12/01/2011].

Outra questão delicada era a referente à arrecadação. Desde o início se intuía que não havia candidata melhor para angariar doações via internet quanto Marina Silva. Tinha causa, tinha carisma apesar do partido pequeno, podia conquistar uma militância engajada que ajudaria na captação.

Desde 2007, por exemplo, seu nome arregimentava seguidores consubstanciados no Movimento Marina Silva, o que ajudou ainda mais o trabalho. Este movimento chegou à campanha com quase 30 mil integrantes inscritos em seu site. E ainda alimentava pretensões de ir além da internet, de extrapolar para o mundo físico, o que acabou se consubstanciando nas Casas de Marina espalhadas pelo país, ideia nascida no Movimento.

Como dar visibilidade total à candidata na internet? Como facilitar o acesso ao seu pensamento político e à sua equipe? Foi a partir desta confluência de necessidades e desafios que se esboçou a estratégia na internet cujos eixos seriam dois: primeiro, o site oficial como uma espécie de "hub", centro de toda a comunicação; e segundo, a mobilização das redes sociais para a arregimentação de simpatizantes, voluntários e consequente captação de recursos.