11 março, 2011

INFORMATIVO APOEMA 92

o Informativo Apoema 92 em  http://www.apoema.com.br


A edição traz um texto que aborda a Educação Ambiental a partir de objetos e utilidades que foi inspirado no vídeo "História das Coisas", apresenta uma sugestão de atividade, desta vez para crianças pequenas, e tem como temática central as pedras. Bom proveito à todos!




















Quem se beneficia com a destruição da Amazônia?

O Conexões Sustentáveis é uma iniciativa do Fórum Amazônia Sustentável e do Movimento Nossa São Paulo. Este segundo estudo de cadeias produtivas foi realizado pela ONG Repórter Brasil e a Papel Social Comunicação a pedido do Comitê de Acompanhamento dos Pactos do Conexões Sustentáveis.

Esta segunda pesquisa do projeto Conexões Sustentáveis mostra que grandes empresas que atuam no município de São Paulo continuam presentes na cadeia produtiva de crimes ambientais e sociais cometidos contra a Amazônia brasileira.

Em 2008, quando lançamos a primeira edição
http://www.conexoessustentaveis.org.br/exibe.php?id=1380, o objetivo foi identificar a relação de empresas de São Paulo com fornecedores que atuam na Amazônia de forma predatória. Os resultados mostraram que atores que produzem gado de corte, soja e madeira estão diretamente envolvidos com o desmatamento ilegal e o trabalho escravo. Esse atores se conectam a outros, indústrias ou tradings, até chegar a varejistas que operam na capital paulista. Dessa forma, grandes empresas baseadas em São Paulo acabam financiando cadeias produtivas insustentáveis.

Passados três anos, importantes mudanças aconteceram, mas o problema está longe de ter a solução que merece. Um fato importante foi o lançamento dos pactos setoriais http://www.conexoessustentaveis.org.br/pacto.php
da pecuária bovina, da soja e da madeira. Eles representam um importante esforço de empresas que não querem ver seus nomes ou seus produtos associados à devastação de um dos mais importantes patrimônios naturais e sociais do planeta. Atualmente, são mais de 70 empresas empenhadas em monitorar suas cadeias produtivas e evitar a compra de produtos ligados a crimes contra a Amazônia.

Sempre tendo como foco o município de São Paulo, na edição 2011 a pesquisa relacionou também os varejistas. Matérias-primas obtidas de fornecedores ligados à devastação da floresta e de sua gente tornam-se produtos nas gôndolas de supermercados, lojas de móveis e ou mesmo na construção de nossas casas.


O objetivo principal desta investigação é alertar as empresas e os consumidores sobre a importância de adotar modelos de negócios que não financiem a exploração predatória dos recursos naturais, a exploração desumana de trabalhadores ou que cause danos às populações tradicionais. É possível produzir na Amazônia sem devastá-la. Obter alimentos e móveis de forma sustentável, com respeito ao meio e às comunidades que dele dependem.

Afinal de contas, “desenvolvimento sustentável” não é apenas uma expressão bonita para ser utilizada em discursos de fim de ano, em campanhas de marketing ou para atrair consumidores. Tem a ver com escolhas que devem ser tomadas para decidir o futuro. O conforto da população da maior metrópole da América do Sul não pode significar a produção de vítimas a milhares de quilômetros de distância. Queremos para nós um progresso que exija sacrifícios dos outros?



Os casos apresentados nessa pesquisa são exemplos de cadeias produtivas predatórias. Servem para ilustrar um problema que não se limita ao que é aqui discutido. A intenção não é procurar culpados (até porque, em última instância, todos nós, consumidores, somos responsáveis), mas unir esforços para resolver o problema e monitorar a solução. Com a transparência que uma sociedade que vive na era de informação exige.

São Paulo continua como a mais importante financiadora da devastação da floresta amazônica por ser a principal consumidora de seus produtos. Com essa segunda pesquisa do projeto Conexões Sustentáveis, esperamos contribuir para reverter esse quadro.

Leonardo Sakamoto, Repórter Brasil

Marques Casara, Papel Social Comunicação



Amazônia e Nordeste deverão sofrer com intensas secas durante este século

O estudo mostra que a redução na quantidade de chuva nessas regiões pode chegar a 40% até o ano de 2100. Um relatório feito pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), juntamente com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que a região norte e nordeste do Brasil deverá sofrer mais com as secas durante todo o século 21.

As análises utilizadas para a elaboração do estudo foram feitas entre 2009 e 2010, em 26 projetos diferentes. O resultado é de que os biomas: Amazônico e Nordeste deverão ser os mais afetados pela escassez de chuva, já nos próximos anos.

O estudo mostra que a redução na quantidade de chuva nessas regiões pode chegar a 40% até o ano de 2100. Em contrapartida, algumas áreas do sudeste da América do Sul, terão aumento nas precipitações, durante o mesmo período. Os dados serão usados nos programas de implementação do Plano Nacional sobre Mudanças do Clima. Uma das possíveis explicações para essa transformação no cenário nacional, principalmente na região amazônica, está relacionada às emissões de gases de efeito estufa. Na Amazônia, na região de Manaus e de Porto Velho, 30% da radiação solar é absorvida por partículas atmosféricas proveniente das queimadas.


Esse cenário de seca traz os problemas tradicionais, que já são conhecidos na população e trazem muitas dificuldades aos habitantes dessas regiões. Mas, também por agravar a transmissão de doenças, como leptospirose, dengue, doenças respiratórias e cardiovasculares, entre outros males transmitidos principalmente pela água.

Com informações da Globo Natureza.

Redação CicloVivo

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Estudo da NASA sobre o Aquecimento Global

Segundo estudo divulgado pela NASA na última terça-feira (8), as camadas de  gelo da Groenlândia e da Antártida estão perdendo sua massa em ritmo acelerado.  As descobertas do estudo – o mais longo sobre o assunto feito até hoje – revela  que a perda de massa nas camadas de gelo dos polos, superam a perda de gelo em  glaciais de montanhas e das calotas polares, passando a se tornar o principal  fator para o aumento do nível do mar, previsto para muito mais cedo do que mostravam estudos anteriores.

Os quase 20 anos de estudo revelam que, em 2006, a camada de gelo da Groenlândia e da Antártida perderam, em média, a massa combinada de 475 gigatoneladas por ano. Isso é suficiente para elevar o nível global do mar em uma média de 1,3 milímetros por ano (uma gigatonelada equivale a um bilhão de toneladas métricas).

O ritmo de perda de massa nas calotas de gelo polares está acelerando rapidamente. A cada ano, ao longo do estudo, notou-se que as duas camadas de gelo perderam uma média combinada de 36,3 gigatoneladas a mais do que no ano anterior. Em comparação, com o estudo de 2006 sobre as geleiras e calotas polares, a perda estimada era de 402 gigatoneladas por ano, em média, com uma taxa de aceleração de ano-sobre ano, três vezes menor do que a dos mantos de gelo.

"Que as camadas de gelo serão a principal causa do aumento do nível do mar no futuro não é surpreendente, já que possuem uma massa de gelo muito maior que as geleiras da montanha", ressaultou o autor do estudo, Eric Rignot, da Universidade da Califórnia.

"O surpreendente é que esta maior contribuição das camadas de gelo já está ocorrendo. Se as tendências atuais continuarem, o nível do mar tende a ser significativamente maior do que os níveis previstos pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em 2007. Nosso estudo ajuda a reduzir as incertezas nas projeções de curto prazo sobre o aumento do nível do mar ", advertiu o cientista, que realizou a pesquisa com a colaboração do Laboratório da propulsão do jato (JPL) da Nasa.

A equipe de Rignot, combinou quase duas décadas (1992-2009) das medições por satélite mensal com dados regionais de modelos atmosféricos do clima para examinar as alterações na massa de gelo e tendências na aceleração da perda de gelo.Os autores concluem que, se as taxas atuais de derretimento de camadas de gelo se manterem nos próximos 40 anos, a perda acumulada pode elevar o nível do mar em 15 centímetros até 2050. Se adicionada as contribuições das perdas de calotas de gelo glacial, cerca de oito centímetros, e a expansão térmica dos oceanos, nove centímetros, o aumento do nível do mar total pode chegar a 32 centímetros.

Com informações da NASA.

Redação CicloVivo

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